O tempo move suas ampulhetas dando de ombros, sem se preocupar conosco meros
mortais, submersos em nossa
realidade paralela, onde nossa percepção de certo errado, verdade ou mentira,
mudam constantemente de acordo com o nosso próprio entendimento e interpretação
do que captam as retinas de nossos olhos que embaçados com o tempo, nos deixa a
desejar, nos jogando a sarjeta de “novas” realidades.
Mas como tudo em nossa vida existe o dualismo sendo ele Céu
ou inferno Tánatos ou Deméter, os pequenos grãos de areia, desta enorme
ampulheta dona do tempo e espaço, trazem
consigo a evolução de cada um, a experiência e sabedoria.
E foi com o tempo, e só com o tempo que aprendi certas
coisas em minha vida, com experiências boas e más, o aprendizado no próprio
fim, cada lagrima uma nova lição, aprendi com a alegria, e aprendi com a dor :
O sentido da vida é o verdadeiro amor. Tão precioso, tão único e tão raro.
É tudo tão difícil de se acertar, o passo para frente é o
mais duro de se dar. Pouco a pouco as coisas sempre se embaraçam e se
desgastam, como o mar a vida é cheia de transições e fases insanas, em uma
rotatividade infinita, a ventania do destino sempre destrói nosso pequeno
castelo de areia , e o que fica? E o que Vale? Nossa dor? Nosso Amor? Os
espíritos ancestrais dão as mãos em uma última
cruzada vã, pois entenderam que na verdade nada tinham, nem a ganhar, nem a
perder, apenas a grande desventura de finitamente viver.
Por que sempre achamos que temos uma vida inteira e longa
pela frente? Por que sempre achamos que o pior nunca acontece com agente? É
sempre com o vizinho, sempre com o doente, o enfermo que já fadado á morte não
consegue viver. Me pergunto se nossos
dias fossem contados, seriamos tão desalmados?
Todo dia é o último, depois do dia do descanso de Deus, todo
dia é o dia do apocalipse, vivemos como no olho do furacão onde tudo muda, e a
cada dia estamos um passo mais perto da morte, e das ultimas palavras, não há
nada que possamos juntar, salvar, colher ou plantar depois que tudo se vai só
resta descobrir o que é real ou o que é lenda.
Nós não fazemos planos, não arquitetamos o futuro, cada dia passa igual
para quem acha que é imortal, mas para quem sabe que o fim se aproxima faz de
uma aventura a cada dia, não reserva forças, não aguarda o momento certo, não
se cala, não se conforma. Não deixe para depois, pois o depois pode nunca
chegar. A vida corre numa corrente intransponível, eu posso lhe ensinar, mas
não sou você, a velhice lhe cobrará, pois uma vida só é o que você tem, e chance o tempo
onde tudo tem o seu valor real, não pode viver como uma ilha, junte-se a nós
esta noite, acenderemos uma fogueira! Eu
juro esse é o melhor que posso fazer, dê a vida todos os sentimentos possíveis,
e ela voltara para você! Seja suave com a vida, e ela será doce para você.